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Em meio a um coro de tantas vozes e caminhos dúbios, buscaremos juntos uma trilha segura para o crescimento espiritual e teológico da nossa nação!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Curso Intensivo de Filosofia

Amigos,
estamos enviando a segunda parte do texto-justificativa do programa do curso intensivo de Filosofia que a E.T.R estará oferecendo a partir de 04 de Agosto.

Por quê fazer uma avaliação Cristã (profética) da história da filosofia?

Sei que você deve estar se questionando: por quê fazer uma avaliação da história da Filosofia a partir das Escrituras? Não estamos lidando com níveis de sentido e com visões da realidade distintas: uma pertencente à razão e outra à religião?

Esta questão é interessante. Contudo, tenho uma pequena má notícia para lhe dar. Ela reside num pressuposto falso. Que pressuposto? Que as verdades alcançadas pela razão, sistematizadas na história da filosofia, nada têm a ver com as verdades da revelação e da religião.

Este assunto vai ser amplamente desenvolvido ao longo deste curso de filosofia. Contudo, gostaria de apresentar o primeiro fundamento para uma nova compreensão da relação entre filosofia e religião, e o que nos permitirá justificar a necessidade dessa avaliação profética.

Partiremos de algumas verdades que as Escrituras nos fornecem, e que estão em Gn.1, Gn 3, e Rm 1: 16-26, e que doravante serão os textos-base deste curso de filosofia. Estes textos nos relatam que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus. Isso significa que todos os atributos de Deus estão presentes na constituição e na essência do ser humano, ainda que numa dimensão de criatura. São estes atributos que permitem ao homem pensar, sentir, agir, imaginar, ter consciência de si mesmo e dos outros, criar coisas, cultura, entre muitas outras dimensões. Esta imago dei é o que nos diferencia da essência animal.

No entanto, o texto de Gn 3 nos adverte que algo aconteceu de muito grave na relação entre Deus e o homem, e que afetou de uma forma decisiva esta imago dei. Esta não foi destruida totalmente, pois, se assim fosse, perderíamos aquilo que nos diferencia dos animais. Nos tornaríamos animais!

Contudo, a imago dei foi afetada. Basicamente, o que aconteceu é que o homem desejou ser Deus, ficar no lugar de Deus, acreditando que poderia viver numa autonomia fictícia; procurando ser e viver como numa grande “matrix” por ele criada e mantida.

Esta deturpação da imago dei tornou o homem possuidor de dois tipos de impulsos em seu ser, e que são diametralmente opostos: o impulso de amar a Deus, buscar a sua verdade e a Sua comunhão; e o impulso de amar a sua autonomia, a falsidade de que ele está no trono e no comando da sua existência, ou seja, a ficção de que a sua autonomia em relação a Deus é o melhor projeto para alcançar a felicidade.

Ora, onde queremos chegar? Com o auxílio de um outro texto, Romanos 1: 16-26, enxergamos que não só o homem rejeitou a verdade de Deus por ele conhecida, mas também criou uma “outra verdade”, falsa, louca, cujo modelo e a natureza finita e corrupta da própria humanidade. Querendo uma sabedoria finita e corrupta, a humanidade tornou-se louca.

O mais interessante é que este texto de Romanos deve ser aplicado também à forma com o homem pensa e cria sistemas de pensamento. Se partimos do pressuposto de que o princípio da Queda, atrás exposto, ainda atua no ser humano, então, sabemos que a história da filosofia, certamente, revelara este duplo impulso do ser humano caido: a busca pela verdade de Deus maculada pela subversão dessa verdade, e pela construção de um sistema de pensamento, não só finito, corrupto, mas que também foi construído para justificar buscar as falsidades construídas pelo homem, a sua ética que desagrada ao criador, e o auto-engano da sua autonomia fictícia e louca.

Concluimos, então, a necessidade de uma avaliação profética, a partir das Escrituras, padrão de verdade para os cristãos, de todo o pensamento Ocidental, em suas origens e desenvolvimento. O problema se resume no seguinte: até que ponto certo sistema X foi construído para justificar o afastamento do homem em relação ao Seu criador?

Mas as Escrituras nos fornecem categorias precisas para essa avaliação. São elas as categorias de Criação, Queda e Redenção. Isto é, a ordem com que Deus criou todas as coisas, a origem da desordem e dos dilemas no cosmos, e a esperança para a resolução desses dilemas.

Não deixe de participar!

Inscrições pelo Tel. 21-24931999.

email: escolateologicareformada@ig.com.br

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